domingo, 28 de agosto de 2011

EMBAIXADOR DA PALESTINA AMPLIA A CAMPANHA PELO ESTADO DA PALESTINA JÁ!


Embaixador da Palestina busca apoio na Aleac para criação de Estado

25 de Agosto de 2011


O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben, discursou na tribuna da Aleac nesta quinta-feira, 25, solicitando apoio dos deputados para a criação de um Estado Palestino independente, que será defendido na próxima Conferência Anual da ONU, em setembro, pela presidente brasileira Dilma Roussef, entre outros chefes de governo e de Estado.

 “Se o ministro brasileiro Oswaldo Aranha, presidiu a conferência da ONU que criou o Estado de Israel em 1947, a presidente Dilma vai ler a mensagem para a criação do Estado Palestino”, lembrou Al Zeben.
O pronunciamento foi feito durante solenidade na Aleac. Atendendo a requerimento dos deputados Moisés Diniz (PCdoB), líder do governo, e Ney Amorim (PT), 1º secretário da Mesa Diretora, o presidente Elson Santiago (PP) suspendeu a sessão desta quinta-feirapara receber o embaixador e realizar uma solenidade de apoio à criação do Estado Palestino.

Moisés destacou que entre os deputados há vários com posições bem definidas pró-Israel, mas que permaneciam no recinto em deferência ao visitante. O líder do governo fez uma explanação ao embaixador sobre a história do Acre e suas semelhanças com a luta do povo palestino para ter um território e deixou claro que este projeto não tem bandeira política ou de raça, mas é um anseio de todos os que defendem uma sociedade livre.

Al Zeben, por sua vez, esclareceu que os palestinos vão à ONU, em setembro, não para fazer confusão, pedir sanções contra Israel ou negociar as fronteiras para assentamentos. “Estamos indo para sermos admitidos como a 194ª nação da ONU. É um direito do povo da Palestina. Por quê foi criado o Estado de Israel e não o da Palestina?”, indagou. “Isto é um ato de justiça”, concluiu. O embaixador informou que o Estado Palestino já tem o apoio de 130 países, entre os quais, o Brasil que o reconheceu em 1º de dezembro de 2010 pelo ex-presidente Lula.

O diplomata pediu apoio aos deputados dizendo que veio ao Estado para levar a voz dos acreanos aos ouvidos de Israel, dos Estados Unidos e das Nações Unidas. “Esperamos que todos os representantes do povo do Acre, independentemente da política interna, participem deste ato. Admitir a Palestina como Estado das Nações Unidas é um ato soberano e justo. Agradecemos esse espaço e juntos seguiremos à Palestina independentes e livres. Todos vocês são bem-vindos à Palestina”, conclamou.

Depois do pronunciamento do embaixador, as lideranças dos partidos se revezaram em homenagens ao povo palestino. O líder do PT, deputado Geraldo Pereira, fez pronunciamento em apoio aos palestinos comentando o quanto difícil deve ser a vida de famílias em uma região sob constantes bombardeios. “Só tem quem tem família lá sabe da pressa e da necessidade de ter reconhecido o lugar onde vive”, disse.

O ativista Abrahim Lhé Farhat, representante do povo palestino no Acre, também se pronunciou comparando a história da conquista do Acre com a luta no Oriente Médio, mas ressaltou que aqui o Tratado de Petrópolis, que estabeleceu as fronteiras, foi respeitado e vigora ainda hoje. Mas, no caso da criação do Estado de Israel, o tratado presidido pelo ministro brasileiro Oswaldo Aranha nunca foi respeitado. “A Lei da Partilha, assinada entre israelenses e palestino , com o testemunho de 55 nações, jamais foi cumprido por influência dos EUA e da Inglaterra, os satãs do mundo”, comentou.

Ao final da solenidade, o presidente Elson Santiago presenteou Al Zeben com uma obra em marchetaria do artista cruzeirense Maqueson e ganhou uma faixa da futura nação palestina.

Fonte: http://www.oriobranco.net/politica/17353-embaixador-da-palestina-busca-apoio-na-aleac-para-criacao-de-estado.html



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

BRAZIL SUPPORT THE SATE OF PALESTINE NOW!


The Palestinian people have the right to have their own state, a free, democratic and sovereign state!

State of Palestine NOW!

While the Palestinian people insist for fair peace for the conflict, successive Israeli governments still do not comply with numerous UN resolutions, refusing to negotiate peace with the withdrawal of their troops from the occupied Palestinian territories. 

Moreover, Israelis continue to build new settlements in Palestinian territories. More than eight thousand political prisoners are still kept in prison and peaceful demonstrations by Palestinians and Israelis who advocate the creation of the State of Palestine are violently suppressed. The construction of the apartheid wall or wall of shame - which was declared illegal by the International Court of Justice – goes on.  This wall, which is now about 750 km long, hinders free movement of persons and goods between Palestinian cities and villages and confiscates vast areas of farmland from Palestinians.

In September this year, the Palestinian Liberation Organization (PLO), internationally recognized as the sole legitimate representative of the Palestinian people, will request at the UN the approval of the State of Palestine as a full member of this organization, respecting the border lines of 1967 and including the Gaza Strip, the West Bank and East Jerusalem as its capital.

It is up to the UN, based on international law and its own resolutions (especially 181, from 1947, which recognizes the state of Palestine) to ratify and acknowledge the state of Palestine as a full member.

A just and lasting peace requires de facto creation of the State of Palestine, and its admittance as a full member of the UN, with all rights and duties that this decision implies. The recognition of a sovereign Palestinian state based on the end of the occupation, the eradication of the settlements, a solution to the problem of the return of refugees and that of Jerusalem, according to the UN's own resolutions, meets the fundamental interests of the peoples of the region.

We will support the popular mobilizations of Palestinians who struggle against the undemocratic government of Israel. We, members of organizations representing the people of Brazil, claim: supporting the Palestinian people is to support all people in their journey to peace, justice and freedom! Listen to the voices of the Brazilian people:

State of Palestine NOW!




domingo, 21 de agosto de 2011

Conceitos, legitimidade e estratégias da resistência palestina


Qual é o tipo de resistência ''certo''?


6 de Julho de 2011

Por Ibrahim Shikaki: diplomado pela UC Berkeley. Trabalha como investigador associado no Instituto de Investigação Económica da Palestina (MAS) e é um organizador da juventude residente em Ramallah.



Nos últimos seis meses, vários meios de comunicação social têm publicado artigos sobre o chamado "novo" movimento não-violento palestiniano. Dois erros têm acompanhado esses relatos e análises. O primeiro é o uso da palavra "não-violento", com as suas conotações; o segundo é o discurso em torno do movimento.

Infelizmente, a fonte desses artigos são muitas vezes meios de comunicação respeitados que informam honestamente sobre a causa palestiniana, incluindo Al Jazeera English. [...] Os artigos estão repletos de citações como "mas a resistência tradicional de queimar pneus e atirar pedras não mudará de um dia para o outro. Temos de dar ao mundo uma imagem de resistência palestiniana não-violenta"; e "continuaremos a actuar com a não-violência até que fique muito claro na imprensa internacional quem é que viola os direitos humanos".

1. A resistência palestiniana não-violenta é coisa que não existe

Para começar, o perigo de usar a expressão "resistência não-violenta" insinua que qualquer outra forma de resistência é violenta, daí dar-lhe um sentido negativo.

Em árabe, os palestinianos não distinguem entre resistência violenta e não-violenta, mas antes entre resistência armada e resistência popular. O povo palestiniano e as facções políticas apoiaram-se nas duas formas, assim como noutras, ao longo do século passado.

Na verdade, e contrariamente a outros regimes coloniais na África do Sul ou na Argélia, o objectivo do colonialismo sionista é o de limpar etnicamente a Palestina e expulsar o seu povo indígena. Por isso, pelo simples facto de existirem e de se manterem firmes na sua terra, os palestinianos estão a resistir.

Embora eu não pretenda defender aqui defender uma forma específica de resistência, tem de haver uma distinção clara entre duas noções distintas.

Por um lado, há tentativas de impor a ideia de que a não-violência é a única forma de resistência "permitida", portanto insinuando erradamente que outras formas de resistência são violentas, imorais ou ilegais. Por outro lado, um consenso geral entende a resistência como um direito legítimo do povo palestiniano, como o direito de qualquer povo que vive sob a opressão, colonização e ocupação estrangeiras.

Segundo esse ponto de vista, a resistência popular é mais eficaz do que a resistência armada nesta fase da luta. Devido à divergência entre estas duas visões, a expressão "violento" estendeu-se para abranger o lançamento de pedras aos tanques israelitas ou aos checkpoints militares fortemente armados.

Muitas formas diferentes de resistência popular caracterizaram a primeira Intifada, entre as quais as crianças a saltarem de casa em casa durante o recolher obrigatório para distribuir açúcar e farinha aos vizinhos, os jovens a jogar à bola nas esquinas das ruas para poderem avisar os grafiteiros quando passavam os carros militares, trabalho voluntário, greves e boicotes comerciais, assim como protestos de massa que incluíam o lançamento de pedras aos postos avançados armados e aos veículos militares.

A verdade é que enfrentar uma máquina de guerra brutal com pedras não é mais que um gesto simbólico. É um símbolo da grande desproporção entre o povo palestiniano e a máquina de guerra israelita.

Pedras atiradas aos tanques israelitas ou a outros veículos armados eram meios para o povo indígena da Palestina, de demonstrar a sua recusa da ocupação e da opressão. Jovens, mulheres, idosos e todos os sectores da sociedade participaram nesta forma de resistência.

As pedras podiam ser violentas, no entanto, quando usadas sistematicamente pelos soldados israelitas para esmagar os membros dos palestinianos, como parte da política ordenada por Yitzhak Rabin, então ministro da Defesa israelita, para "partir-lhes os ossos". O Knesset recusou investigar a ordem de Rabin e este nunca foi responsabilizado.

Além do mais, os meios de comunicação social que defendiam essas tácticas não-violentas escolheram ignorar por completo o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel. Embora não caiba nas duas formas de resistência referidas acima, ele só pode ser classificado como uma táctica estritamente não-violenta, que tem como objectivo pressionar Israel a respeitar as suas obrigações perante a lei internacional.

O crescimento evidente do movimento BDS e a pouca cobertura que tem sido dada aos seus êxitos pela maior parte dos principais meios de comunicação social só podem ser um indicador da hipocrisia da cobertura da resistência palestiniana: eles só falam das formas de resistência que classificam de relevantes – ou, atrevo-me a dizer, de válidas.

Por fim, é importante compreender o contexto do conflito palestino-israelita, muitas vezes apresentado como "complexo". Na realidade, e com o risco de sobre-simplificar, trata-se de um conflito entre um opressor e um oprimido. Dentro deste contexto, o uso da violência e da força pode ser perfeitamente exemplificado com as palavras de Paulo Freire:

"Nunca na história a violência foi iniciada pelos oprimidos. Como poderiam eles dar início à violência se eles próprios são o resultado da violência? Como poderiam eles ser os promotores de algo que, ao instaurar-se objectivamente, os constitui? Não haveria oprimidos se não houvesse uma relação de violência que os conforma como violentados. Inauguram a violência os que oprimem, os que exploram, os que não se reconhecem nos outros; não os oprimidos, os explorados, os que não são reconhecidos."

2. O discurso e a terminologia ocidentais

O segundo problema colocado por esta narração e pelo discurso em torno destes artigos é mais importante e merece mais críticas.

Os artigos apresentam o movimento actualmente chamado não-violento como a forma "correcta" de resistir, em que a opção dos palestinianos pelo método de resistência correcto demonstrará como merecemos que nos dêem os nossos direitos e independência.

Apresentar os nossos direitos à liberdade e à autodeterminação como dependentes do nosso método de resistência escolhido é, na melhor das hipóteses, errado e, na pior, racista.

Insinuar que os nossos direitos não foram respeitados porque não demonstrámos merecê-los liberta Israel da necessidade de respeitar a lei internacional e de nos garantir os nossos direitos básicos, e também desculpa os países hegemónicos ocidentais que recompensarem Israel com a impunidade total para que este continue com as suas violações e crimes.

É preciso tornar claro que o nosso direito ao retorno e a acabar com a ocupação, a colonização e o apartheid israelitas está garantido pelas convenções internacionais e que o seu cumprimento é um dever – independentemente dos métodos de resistência ou de quaisquer outros factores que escolhemos para chegar a esse fim.

Alem disso, sugerir que o protesto popular é um fenómeno novo na Palestina, onde "chegaram os verdadeiros manifestantes ao estilo não-violento de Martin Luther King", é uma distorção vergonhosa dos factos pela imprensa.

A resistência na Palestina, e em particular a resistência popular, tem mais de um século, onde a grande maioria da resistência à colonização sionista, ao mandato britânico e mais tarde à opressão de Israel tomou a forma de levantamentos civis e populares. A resistência popular palestiniana só pode ser ao estilo palestiniano! Os jornalistas têm de deixar de fazer jornalismo preguiçoso e estender o seu período de memória para além de dez anos.

Assim, é-nos permitido seguir os valores e as figuras ocidentais ou os exemplos de qualquer dos que eles acham aceitáveis, como Gandhi e Martin Luther King (MLK). E se nós quisermos um Che Guevara ou um Malcom X palestinianos quando todos os outros esperam pelo próximo "Gandhi palestiniano"?

Foram eles, apesar de tudo, que analisaram e se concentraram sobre a "estrutura internacional dos poderes ocidentais", uma estrutura que só desenvolveu as suas influência e ferramentas a partir dos anos 50 e 60. E, embora tenham o maior respeito pelos satyagraha de Gandhi e a batalha de MLK no movimento pelos direitos civis, os palestinianos não precisam de olhar para muito longe para encontrar modelos dentro da história e da herança da Palestina para meios alternativos de resistência.

Neste assunto, como noutros, a hipocrisia dos poderes ocidentais prevalece.

A democracia só é aceitável se os resultados forem aqueles que eles escolheram – nos países em vias de desenvolvimento só são permitidas as políticas económicas neoliberais que agradam aos verdadeiros eixos do mal (Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e a Organização Mundial do Comércio); e as comunidades queer pelo mundo fora têm de seguir os mecanismos ocidentais de orgulho e de defesa.

Embora estes todos sejam assuntos aparentemente diferentes, o mesmo paradigma se aplica a todos eles: as ideologias hegemónicas ocidentais e as formas de acção são usadas para medir a legitimidade de outras sugeridas pelo mundo fora.

Em particular para os palestinianos, o discurso é uma das questões-chave.

Israel tem o mundo nas suas mãos, não porque o ameaça pela força ou pelo poder militar, mas porque controla o discurso. É a razão pela qual, quando um grupo de israelitas assedia palestinianos e planeia assassinar um chefe de mesquita, os membros desse grupo são referidos na imprensa como "bandidos e gangs", ou classificados de mentalmente instáveis, como Baruch Goldstein – nunca como "terroristas" ou "extremistas".

Isto assemelha-se aos processos de controlo indirecto aplicados através de séculos de colonialismo, o mesmo lugar-comum foi usado para reforçar o poder dos colonizadores: os bárbaros primitivos vs o povo iluminado.

Uma recente campanha publicitária demonstra isto mesmo: "Em qualquer guerra entre o homem civilizado e o selvagem, apoie o homem civilizado. Apoie Israel. Derrote a Jihad."

O nosso papel enquanto palestinianos é o de estarmos atentos às distorções do discurso e de combatermos esse discurso. Se o conseguirmos, será muito mais difícil para alguém como Benjamin Netanyahu humilhar o povo palestiniano e a chamada "liderança" palestiniana perante o congresso americano, como este fez muito recentemente.

A forma correcta de resistência?

Embora não haja dúvida de que, no seio da sociedade palestiniana, todas as formas de resistência à opressão têm de ser respeitadas e valorizadas, é importante não se deixar levar pelo discurso ocidental, especialmente quando muitos de nós entre a juventude da nação já estão expostos a ele através dos meios da comunicação social, da internet ou dos estudos no estrangeiro.

É falsa a ideia de que só existe um meio "correcto" de resistência ou de que a resistência armada e popular é contraditória (ou pelo menos carece de evidência histórica) quando simplesmente nos debruçamos sobre a história colonial (Argélia, África do Sul, etc.).

A prioridade nos dias de hoje, efectivamente, deveria ser de englobar amplamente todos os movimentos, grupos e indivíduos na reivindicação de criar uma nova instituição de liderança legitimada que represente todos os palestinianos independentemente da sua proveniência. Essa entidade deveria ser capaz de identificar democraticamente (e internamente) a forma de resistência mais eficaz.

Nos artigos referidos acima, os participantes palestinianos nos protestos populares são muitas vezes citados da seguinte forma: "Se alguns adolescentes atiraram pedras, é porque falharam aparentemente em assimilar os workshops sobre a não-violência que os organizadores planearam", e porque eles "insistem em que nunca se atiraram pedras até que as tropas israelitas começassem a lançar gás lacrimogéneo, e que isso é feito apenas por adolescentes".

Essas declarações mostram os manifestantes palestinianos como sendo apologistas do gesto simbólico de atirar pedras – e isso acontece em detrimento de se questionar a presença das forças de ocupação de Israel.

A história mostrou que o uso de uma extrema violência por parte de Israel é uma constante – quaisquer que sejam as acções violentas ou não-violentas dos palestinianos. É fundamental compreendermos que através dos anos da nossa luta contra o sionismo e o colonialismo, a resposta sionista às várias formas de resistência foi, na sua essência, sempre a mesma: a violência.

Há sessenta anos, há quarenta anos, durante a primeira e a segunda Intifadas, e durante as recentes marchas "pacíficas", a resposta israelita foi sempre a violência e a efusão de sangue. Jovens homens e mulheres têm sido abatidos com munições reais e de borracha, espancados com cassetetes e sufocados com gás tóxico.

Seria ingénuo esperar que a resposta israelita fosse diferente no futuro, como também não seria preciso resistir de forma não-violenta para mostrar a horrenda face da ocupação israelita, uma vez que isso é demonstrado em qualquer simples acção do dia-a-dia dos palestinianos.

Independentemente da nossa estratégia, Israel continuará a negar a nossa existência como nação, não admitirá a limpeza étnica realizada em 1948 e continuará com as suas medidas repressivas de opressão contra os palestinianos em todo o lado.

A nossa tarefa consiste em concentrarmo-nos nas semelhanças e nos pontos de acordo respeitantes à resistência e não nas diferenças.

O povo palestiniano tem de mobilizar à sua volta para resistir ao apartheid israelita através de um programa resultante de uma discussão no seio de uma entidade verdadeiramente representativa, o que só é possível através de eleições directas para um novo Conselho Nacional Palestiniano.

Versão original do artigo em:

http://english.aljazeera.net/indepth/opinion/2011/06/201162895553754742.html

Tradução do Comité de Solidariedade com a Palestina

sábado, 20 de agosto de 2011

PSB APÓIA O ESTADO DA PALESTINA JÁ



Nota Oficial do PSB a favor do Estado da Palestina
Partido Socialista Brasileiro - PSB

Internacional - 19/08/2011

O Partido Socialista Brasileiro – PSB, no seu manifesto de 2005, postulou sua política externa com os seguintes princípios: “...autodeterminação dos povos, pelo fortalecimento dos organismos internacionais, contra todas as formas de imperialismo, colonialismo e belíssimo, nelas incluídas as propostas hegemônicas das grandes potências”. A política externa do PSB está fundada nos princípios da soberania e a autodeterminação dos povos. Nesse sentido o PSB reconhece no conflito Israel-Palestina uma das mais importantes questões das relações internacionais contemporâneas, com reflexos sobre a estabilidade política de todo o oriente médio e impactos negativos à qualidade de vida de milhares de pessoas que ali vivem.

A perspectiva socialista exige que observemos as questões humanitárias, acima da agenda geopolítica que orienta a ação das potências mundiais naquela região. Um povo sem lar, oprimido pelo mais forte, não pode ser deixado à sua própria sorte. É mister para as forças internacionais de esquerda e socialista apoiarem a causa palestina.

É necessário recordar que, ainda no final do século XIX, a Palestina estava sob o domínio do Império Turco-Otomano, até que, ao final da Primeira Guerra Mundial, passa para domínio britânico. De outra parte, na Europa crescia o número e a força de grupos que perseguiam os judeus. Nesse contexto, ganha força o movimento Sionista que defendia a criação de um Estado judeu.

Em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas - ONU aprova resolução de Partilha da Palestina, que determinava a criação de dois Estados, um Judeu e um Palestino. Desde então, o processo de ocupação do território gerou milhares de refugiados palestinos, e, como reação a esse processo, cria-se, ainda na década de 60, a Organização para a Libertação da Palestina – OLP. Em 1974, a ONU convida a OLP para participar, como observadora, dos trabalhos da Assembléia Geral da organização.

As várias tentativas de negociações entre israelenses e palestinos, muitas vezes com a interferência dos Estados Unidos e Europa, não conseguiu trazer uma solução para uma estabilidade política da região. Quem mais tem perdido com essas negociações são o povo e o movimento de resistência palestina. Atualmente, diante da desigualdade abissal de forças com relação ao seu vizinho, o Povo Palestino precisa da ajuda, urgente, da comunidade internacional. O Brasil, desde o governo do Presidente Lula, tem se posicionado posicionou favoravelmente à criação do Estado Palestino com as fronteiras de 1967.

O Partido Socialista Brasileiro não se cala diante de tamanha opressão e desrespeito aos direitos humanos desse povo. Por isso, apóia a campanha pela Criação do Estado da Palestina Já, que busca mobilizar a opinião pública diante da votação que se realizará na ONU, em setembro de 2011, da resolução que reconheça o Estado Palestino como membro pleno da organização.

Assim, o PSB convoca os militantes socialistas a comporem em seus estados, comitês estaduais dessa Campanha pelo Estado Palestino Já! que conta com o apoio de dezenas de organizações políticas e sociais de esquerda. Com isso, o partido reforça a confiança nas fileiras socialistas, com a força da utopia e garra na busca contínua da equidade, para fazer ecoar esse grito de liberdade em toda a sociedade brasileira. Até a votação na ONU, devemos nos mobilizar para promover esse debate, apresentando a convicção em nossa perspectiva socialista.

Direção Nacional do Partido Socialista Brasileiro.



VIA CAMPESINA BRASIL EM DEFESA DO POVO PALESTINO




O POVO PALESTINO TEM O DIREITO DE TER O SEU PRÓPRIO ESTADO,
LIVRE, DEMOCRÁTICO E SOBERANO!!!
ESTADO DA PALESTINA JÁ!!!

Nós, trabalhadoras e trabalhadores dos diversos movimentos e organizações que fazem parte da Via Campesina Brasil, mais uma vez reafirmamos nosso total apoio e solidariedade com a justa e legítima luta do povo palestino.

O colonialismo israelense sempre foi parte da tentativa do imperialismo de sufocar as legítimas lutas de libertação nacional e por transformações sociais que se desenvolveram em diversos países do mundo.
Inspirados numa ideologia conservadora, racista e antidemocrática, o sionismo, os sucessivos governos do Estado de Israel violam cotidianamente os direitos inalienáveis do povo palestino.

Infelizmente a ONU, que se pretende defensora dos direitos humanos e do direito internacional humanitário, não tem feito mais do que aprovar centenas de resoluções de condenação, reprovação e denúncia contra o Estado de Israel que nunca se transformam em ações concretas. Sob a proteção dos países imperialistas, como EUA, França, Inglaterra e seus lacaios, os mais brutais e violentos crimes são cometidos todos os dias contra a população que vive nos territórios ocupados em 1948 e em 1967.

As “Forças de Defesa de Israel” e todas as outras instituições do aparato repressor colonialista israelense são hoje conhecidas no mundo pela sua covardia e pela prática de genocídio e terrorismo contra o povo palestino e contra todos os que se rebelam em defesa de um Estado Palestino.

Nosso grande desafio é transformar essa indignação diante da violência do governo de Israel num gigantesco movimento social e político de massas de caráter internacional, que faça recuar esse monstro nazi-sionista.

A coragem, a sabedoria e as mobilizações do povo palestino são hoje símbolos e exemplos da resistência popular contra toda injustiça praticada em qualquer lugar do mundo.

O grito de Pátria Livre se faz ouvir em todo o território palestino. Judeus, cristãos, muçulmanos e todas as forças democráticas, progressistas e antiimperialistas dentro e fora da Palestina se mobilizam em um movimento unificado contra o inimigo de toda a humanidade: o governo do Estado de Israel e seus aliados, o imperialismo dos Estados Unidos e da União Européia.

Diante das novas manifestações populares na Palestina, a Via Campesina Brasil vem manifestar sua admiração e sua solidariedade com esse heróico povo, conclamando @s brasileir@s para:

1. Defender o direito legítimo do povo palestino de lutar contra a ocupação israelense e pela constituição do Estado da Palestina, bem como apoiar a campanha da Autoridade Palestina pelo reconhecimento do Estado da Palestina como membro pleno da ONU;

2. Apoiar as decisões soberanas do povo palestino e suas legítimas organizações políticas e sociais no que diz respeito ao caráter do Estado e às fronteiras. Acreditamos que tais decisões serão resultado das lutas e do processo de debate no interior das forças da resistência palestina, portanto, consideramos que não cabe a nós a decisão sobre como deve ser e qual será o caráter do Estado Palestino;

3. Fortalecer a luta pela libertação d@s pres@s polític@s que vivem hoje nos cárceres por participarem da legítima luta de libertação nacional palestina;

4. Fortalecer a luta em defesa dos camponeses, trabalhadores rurais e pescadores, que perderam o direito à terra, à água, ao trabalho e à liberdade com a ocupação colonialista israelense;

5. Intensificar a luta contra o Tratado de Livre-Comércio MERCOSUL-Israel, uma vergonha para o povo brasileiro, pois tal tratado estimula o comércio com um país que não respeita as resoluções da ONU, os direitos humanos e o direito internacional humanitário, além de possibilitar, para Israel, a exportação de produtos dos assentamentos judeus-sionistas que estão hoje ilegalmente nos territórios palestinos de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental;

6. Intensificar, no Brasil, a campanha pelo boicote e desinvestimento contra Israel, para impedir a compra de produtos deste país que pratica hoje um regime de apartheid contra o povo palestino. Boicotar a importação de produtos e/ou serviços, bem como propor também o boicote acadêmico e cultural contra esse país é mais uma forma de lutar pelo fim do apartheid de Israel;

7. Denunciar e lutar contra a compra, por parte dos governos estaduais e do governo federal (em especial as Forças Armadas e o Ministério da Defesa), de equipamentos militares, aviões não-tripulados, veículos blindados, armas e munições israelenses, pois esse tipo de comércio só alimenta e fortalece o complexo industrial-militar israelense-estadunidense, uma indústria que tem lucrado com o assassinato de milhares de pessoas em diversas partes do mundo;

8. Lutar contra o bloqueio econômico, político e militar imposto por Israel ao povo de Gaza, território palestino ocupado que luta cotidianamente e heroicamente pela sua libertação. Fortalecer a solidariedade com Gaza é tarefa de tod@s. Precisamos fazer um esforço para organizar uma missão humanitária de solidariedade à Gaza, com representantes de diversas organizações políticas e sociais da classe trabalhadora brasileira;

9. Intensificar a pressão sob o governo brasileiro para que o mesmo dê um tratamento digno e possa amparar de maneira mais intensa e efetiva os refugiados palestinos que se encontram hoje no Brasil, principalmente os 150 palestinos que saíram do Iraque e ficaram em um Campo de Refugiados na Jordânia, e que se encontram hoje no Estado de São Paulo;

10. Pressionar o governo brasileiro para que o mesmo se utilize de todos os mecanismos disponíveis na Carta das Nações Unidas e outras resoluções internacionais para exigir do governo de Israel que cumpra a decisão do Tribunal Internacional da ONU de derrubar o “muro da vergonha”, que tem cerca de 700 km de extensão e separa o povo palestino, configurando uma situação de apartheid que priva dos palestinos o direito de ir e vir;

11. Discutir com o governo brasileiro ações mais intensas e mais concretas de apoio, estímulo e cooperação para implementar projetos de desenvolvimento econômico, social, cultural e esportivo na Palestina. O Brasil tem condições de dar apoio material e financeiro para garantir melhores condições de vida e de trabalho para o povo palestino. Algumas das propostas da Via Campesina Brasil são: construir as condições para que o Brasil e a América do Sul se transformem em espaços para a comercialização dos produtos dos camponeses palestinos e para intensificar as ações de apoio ao esporte na Palestina, principalmente o futebol, nas modalidades masculino e feminino.

12. Apoiar as lutas dos judeus e israelenses que lutam contra o sionismo e contra a ocupação da Palestina, pois existem dentro do Estado de Israel forças políticas e sociais progressistas, democráticas e anti-colonialistas que são constantemente reprimidas por defender os direitos inalienáveis do povo palestino;

13. Defender o direito de todos os refugiados palestinos de retornarem para sua terra/pátria, bem como o direito de serem reparados pelas perdas que tiveram durante a ocupação militar israelense;

14. Apoiar as mobilizações populares que visam desencadear uma “Terceira Intifada” contra a ocupação israelense. Também acreditamos que só a luta de massas pode alterar radicalmente a correlação de forças nas lutas políticas e sociais.

15. Para discutir como realizar concretamente tais ações propomos organizar um Encontro Nacional de Solidariedade ao Povo Palestino. A Via Campesina Brasil e demais organizações da classe trabalhadora estão convocando este encontro para os dias 26 e 27 de novembro, na Escola Nacional Florestan Fernandes – ENFF, na cidade de Guararema - São Paulo.

Sabemos que o campo de batalha decisivo nesta luta são as ruas, bairros, cidades, vilas, vales e montanhas da Palestina ocupada, e cabe a nós fortalecer as forças vivas da resistência popular palestina.

Sigam em frente irmãos e irmãs palestinos, com uma oliveira numa das mãos e uma pedra na outra, lembrando sempre de sua história, de sua origem e de sua tarefa: lutar permanentemente contra o sionismo e o governo de Israel, mesmo estando em condições bastante desiguais frente ao inimigo-agressor.

Quem não cansa de lutar semeia a cada dia o caminho da vitória. A Palestina será livre, justa e soberana. Esse é o seu caminho e o destino de seu povo. Liberdade e terra para o povo palestino.

VIA CAMPESINA BRASIL: Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal – ABEEF, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil – FEAB, Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, Movimento das Mulheres Camponesas – MMC, Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, Movimentos dos Pescadores e Pescadoras Artesanais, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, Pastoral da Juventude Rural – PJR.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Israel compra votos en la ONU ante la posible aceptación del Estado Palestino



81 miembros del Congreso de EE.UU. visitarán Israel en las próximas tres semanas

Herb Keinon
JPost/ICH

11/08/2011

Traducción del inglés para Rebelión por Germán Leyens


Jerusalem Post – Ochenta y un congresistas, cerca de un 20% de la Cámara de Representantes, visitarán Israel dentro de las próximas tres semanas durante el receso de verano del Congreso. El primer grupo de 26 demócratas debe llegar el lunes.

La delegación demócrata será seguida por dos republicanas, con un total de 55 republicanos.

La mayoría de los representantes son congresistas nuevos. 47 de los que van son exactamente la mitad de los republicanos elegidos en 2010.

Para muchos de ellos, será su primer viaje a Israel.

Los viajes, de una semana de duración, son patrocinados por la Fundación de Educación Estadounidense-Israel, una organización benéfica afiliada al Comité de Asuntos Públicos Estadounidense-Israel [AIPAC], que lleva a grandes delegaciones de congresistas a Israel cada mes de agosto.

El líder de la mayoría demócrata en la Cámara Steny Hoyer (Demócrata de Maryland) encabezará la delegación demócrata, y el líder de la mayoría de la Cámara Eric Cantor (Republicano de Virginia) dirigirá uno de los grupos republicanos.

Hoyer dijo en una declaración que se alegra de “retornar a Israel para seguir aprendiendo de primera mano sobre el desarrollo de la situación de la seguridad en Medio Oriente, los profundos desafíos que enfrenta Israel, y el papel que EE.UU. puede jugar en la región durante este tiempo de incertidumbre.

“Estoy feliz de que miembros del Congreso tengan esta oportunidad de estudiar los intereses estadounidenses en Medio Oriente y obtengan un entendimiento más profundo de los temas involucrados en la creciente estabilidad en la región”.

La delegación visitará Israel y Cisjordania, y planea encontrar al presidente Shimon Peres y al primer ministro Binyamin Netanyahu en Jerusalén, y al presidente de la Autoridad Palestina Mahmud Abbas en Ramala.

En la delegación que llegará el lunes están el congresista de Illinois Jesse Jackson Jr., Betty Sutton de Ohio, y Mark Critz de Pensilvania.

En una acción relacionada, el Proyecto Israel llevará a un grupo de 18 embajadores basados en Washington a Asia, Europa, África y Latinoamérica el lunes para un tour de una semana y reuniones de alto nivel. Como los congresistas, también irán a Ramala, para una reunión con el primer ministro de la AP Salam Fayyad.

Entre los países representados en el viaje están Albania, Barbados, Belice, Burkina Faso, La República Dominicana, Haití, Macedonia, St. Lucia y Uganda.

Algunos de estos países han sido mencionados por funcionarios en Jerusalén como posibles candidatos para votar contra, o por lo menos abstenerse, cuando tenga lugar el voto sobre la condición de Estado de Palestina ante la ONU en septiembre.

(Los enlaces dentro de este artículo han sido introducidos por Information Clearing House)

domingo, 14 de agosto de 2011

La proclamacion de un Estado palestino: probabilidades y consecuencias


aloufok.net

11/08/2011
Traducido para Rebelión por Susana Merino

El Centro Al-Zaytuna de investigaciones y consultas, sito en Beirut, dirigido por el doctor Mohsen Saleh, acaba de publicar un estudio de evaluación estratégica relativo al reconocimiento por parte de la ONU del Estado palestino en el próximo mes de septiembre, lo que se ha dado en llamar el “plazo de septiembre”.

Según dicho estudio de evaluación estratégica, no hay ninguna duda de que las reiteradas decepciones sufridas por los negociadores palestinos y el impasse en el que se encuentra el proceso de regularización, así como la falta de normas internacionales y la necesidad de concretar un logro, aunque sea moral, respaldan la idea de dirigirse a las Naciones Unidas para proclamar el Estado palestino y convertirse en miembro de pleno derecho. Pero para eso es necesario terminar con la división palestina sin tomar, sin embargo, medidas que pudieran suscitar la cólera israelí o estadounidense. Si la dirigencia palestina logra soportar las presiones de EE.UU. e Israel y prosigue su camino en dirección a la ONU, hará frente al veto estadounidense y a más de un obstáculo que podría desembocar en la anulación del proyecto o en su postergación. Por lo tanto la proclamación del Estado se va a analizar en diversos escenarios que podrían llevarla al éxito total o parcial o a su total fracaso. Esto no cambiará nada si la entidad sionista continua comportándose como actualmente como un “Estado al margen de la ley”.

Introducción

Los negociadores palestinos palestino se han enfrentado a una serie de decepciones a lo largo de los dos últimos decenios. A pesar de todas las concesiones realizadas no han obtenido nada, ya que el Estado sionista ha seguido sobre el terreno su política de hechos consumados, los proyectos de "judaización" y colonización de Cisjordania y especialmente de Jerusalén. En el momento en que el gobierno sionista trata de imponer el reconocimiento de la raigambre judía de la entidad sionista, los negociadores se han visto en la apremiante necesidad de concretar un logro sobre el terreno, especialmente en el marco de los cambios árabes. La dirigencia palestina ha propuesto entonces, dirigiéndose a las Naciones Unidas, la proclamación del Estado palestino como miembro pleno con el reconocimiento de las fronteras establecidas en 1967. Este tema ha suscitado en el mundo múltiples reacciones, diferentes análisis y explicaciones.

Antecedentes históricos

Los palestinos han intentado obtener su independencia desde la ocupación británica de Palestina. Durante la guerra de 1948, los palestinos proclamaron la independencia de Palestina el 1 de octubre de 1948, pero el dominio de la entidad sionista sobre el 77% de Palestina, la anexión de Cisjordania por parte de Jordania y el otorgamiento de la administración de la Franja de Gaza a Egipto impidieron la creación del Estado palestino. En 1964 se creó la OLP con el propósito de liberar toda la Palestina. Es lo que declara la Constitución Nacional Palestina de 1968.

Posteriormente la OLP aprobó un programa de diez puntos, basado en la idea de la creación de un Estado palestino sobre todo el espacio liberado de Palestina. Ese programa permitió la incorporación de la OLP a la ONU con carácter de observador.

El 15 de noviembre de 1988, la ONU proclama la independencia del Estado de Palestina y acepta la solución de los dos Estados. La ONU reconoce esa independencia mediante la resolución nº 177/43, fechada el 15 de diciembre de 1988. La Asamblea General acepta utilizar la palabra Palestina en lugar de OLP. En 1993, la OLP firma los acuerdos de Oslo y reconoce al Estado de Israel en 1996, El Consejo Nacional Palestino acepta suprimir de la Constitución palestina todos los artículos que generen conflictos con los acuerdos de Oslo, incluida la lucha armada. En 1998, la quincuagésima segunda sesión de la Asamblea General de la ONU acuerda a Palestina el privilegio de participar en las sesiones y los trabajos de la Asamblea General, así como el de participar en las conferencias nacionales convocadas por la Asamblea o el Consejo de la ONU, en su carácter de miembro observador.

Actitud palestina

Aunque la dirigencia palestina ha admitido el fracaso del proceso de regularización, ha continuado afirmando que las negociaciones constituyen una elección estratégica. Concibió el movimiento de septiembre como un complemento del proceso de regularización, y no como un paso “unilateral” como pretenden Israel y su aliado estadounidense. Mahmoud Abbas ha considerado que la victoria del trámite ante la ONU necesitaba la unidad palestina, aunque fuera una fachada y concluyó rápidamente el acuerdo entre Fatah y Hamás el 13 de mayo de 2011.

Por otra parte las fuerzas de la resistencia palestina no se hallan interesadas en discutir la obtención del estatuto de miembro pleno derecho en las Naciones Unidas en la medida en que no se logren concesiones relativas a los derechos de los palestinos. Consideran que el éxito de la reconciliación palestina y su efectos sobre el vencimiento de septiembre dependen de la capacidad de la dirección de la OLP de librarse de las presiones estadounidenses e israelíes y de desembarazarse de los intereses partidarios, sectarios y personales, anteponiendo el supremo interés nacional, cumpliendo con los artículos de la reconciliación incluida la reforma de la OLP, la elaboración de un proyecto nacional conjunto y la definición de una agenda nacional palestina.

Los posibles pasos palestinos

1.- La prosecución de la campaña diplomática dirigida a obtener el reconocimiento de la mayor cantidad de países del mundo y la movilización para lograr un apoyo de la Asamblea General de las Naciones Unidas para garantizar el de más de los dos tercios de sus miembros; hasta ahora 123 países sobre los 193 lo han hecho, de modo que todavía faltan 6 paíse para llegar a los 2/3.

2.- La redacción de un proyecto de resolución para que un amplio abanico internacional se adhiera en las Naciones Unidas, lo que podría evitar el veto de los EE.UU.

3.- El mantenimiento de la reconciliación sin introducir cambios en el escenario palestino que podrían suscitar la cólera israelí y estadounidense y que podría usarse contra el necesario clima favorable para la proclamación del Estado en las Naciones Unidas. Esto podría traducirse evitando la formación de un gobierno en el que Hamás tuviera un papel esencial en el nombramiento de sus miembros y en la toma de decisiones con respecto a la reforma de los aparatos de seguridad, la liberación de los detenidos y la libertad de acción de las instituciones vinculadas a Hamás en Cisjordania.

La actitud israelí

El gobierno de derecha israelí ha demostrado su incapacidad para proponer una iniciativa política de negociaciones aceptada por las partes palestina y árabe y que podría acercar a los negociadores a la mesa. Eso no ha impedido sin embargo que todas las fuerzas políticas israelíes unan sus fuerzas para movilizar a la opinión pública internacional contra el reconocimiento del Estado palestino en las fronteras de junio de 1967. Podemos resumir la actitud israelí en los siguientes puntos:

1.- El acuerdo entre los partidos israelíes sobre negociaciones dirigidas a imponer la visión israelí sobre la regularización (incluyendo los tres “no”) y la continuación de la política de hechos consumados sobre el terreno.

2.- Mantener un proceso de búsqueda de soluciones en el que la parte palestina se halle aislada, sin cobertura internacional ni legal e impedir que recurra a las Naciones Unidas como referente de las negociaciones.

3.- El hecho de que un gran número de países reconoce a Palestina es considerado por “Israel” como un avance diplomático favorable al problema palestino.

4.- La adhesión palestina a las Naciones Unidas reafirma que los territorios ocupados en 1967, que la parte israelí considera territorios en disputa, pertenecen a un Estado ocupado, según el reconocimiento de la ONU, lo que fortalece la postura jurídica palestina e internacional frente a Israel.

5.- Israel teme que el reconocimiento del Estado palestino aumente su propio aislamiento y amplíe la oposición internacional a sus prácticas.

6.- La adhesión de Palestina a las Naciones Unidas en calidad de miembro pleno no implica necesariamente cambios en el territorio de Cisjordania, pero puede constituir una oportunidad para aligerar el bloqueo de la Franja de Gaza.

Luego de la decisión palestina de dirigirse a la ONU, la diplomacia israelí ha lanzado una serie de amenazas que van desde el desencadenamiento de una guerra hasta la anulación de los acuerdos de Oslo.

Es evidente que el Estado sionista se halla en un impasse, y no puede avanzar con argumentos válidos anunciando la anulación del proceso de regularización, igual que el apoyo a sus prácticas represivas están en permanente retroceso en momentos en que el apoyo popular a la causa palestina crece en todo el mundo..

Los posibles pasos israelíes

1.- Continuar con la campaña para la anulación de la iniciativa palestina antes de septiembre.

2.- Presionar a la Autoridad Palestina mediante medidas punitivas.

3.- Utilizar la política de la zanahoria y el garrote con la dirigencia de la OLP y la Autoridad Palestina, usando instrumentos de presión en Cisjordnia o avanzando propuestas para una vuelta a las negociaciones.

4.- La utilización de su influencia sobre la administración estadounidense para ejercer presión sobre la dirigencia palestina.

El comportamiento internacional

Es necesario más bien insistir ante los Estados miembros permanentes del Consejo de Seguridad de la ONU, susceptibles de admitir a Palestina en la ONU y capaces de anular el movimiento palestino utilizando el derecho a veto. Como también sobre la actitud de algunos influyentes Estados europeos. Rusia y China reconocen al Estado palestino, pero otros como EE.UU., Francia o Gran Bretaña, que mantienen relaciones diplomáticas con la OLP no lo reconocen. La actitud de la Unión Europea consiste en llamar a la reanudación de las negociaciones bilaterales con relación al plazo de septiembre como salida al desacuerdo existente entre los miembros de la UE.

Los Estados Unidos apoyan claramente la postura israelí. El Congreso ha votado una resolución que permite utilizar el derecho de veto a toda resolución que reconozca al Estado palestino, amenazando con la interrupción de la ayuda estadounidense a la Autoridad Palestina, lo que contradice la anterior posición de septiembre de 2010 del presidente Obama.

Consecuencias

1.- El triunfo de la proclamación del Estado palestino como miembro de las Naciones Unidas no tendrá probablemente ninguna consecuencia sobre el terreno, donde proseguirá la ocupación israelí con el apoyo estadounidense y la conducta israelí como la de un Estado al margen de la ley. Pero puede profundizar el aislamiento israelí.

2.- Si la dirigencia palestina fracasa en su intento de incorporarse a las Naciones Unidas debilitará la corriente adicta a las negociaciones en el escenario palestino en provecho de las fuerzas de la resistencia.

3.- El rechazo de las presiones estadounidenses sobre la dirigencia palestina se convierte en un riesgo de profundización de las sanciones económicas.

4.- La utilización del veto estadounidense sobre la iniciativa palestina probará nuevamente el alineamiento estadounidense con la nación israelí.

5.- Algunos analistas consideran que adquirir el estatuto de miembro pleno en las Naciones Unidas, a partir de la resolución de partición nº 181 puede consolidar la idea de la judeidad de Israel y de la internacionalización de Jerusalén como se ha mencionado en la resolución internacional.

Escenarios

1.- La OLP solicita el estatuto de miembro pleno a la Secretaría General de la ONU, la petición se transmite al Consejo de Seguridad, que aprueba el pedido de adhesión del Estado palestino con sus fronteras de 1967 y su capital en la parte oriental de Jerusalén y por lo tanto la Asamblea General de las Naciones Unidas aprueba la solicitud.

2.- Esa solicitud será objeto de veto por parte de los EE.UU. lo que significará el fracaso del pedido palestino.

3.- La OLP solicita la adhesión plena pero el Consejo de Seguridad aplaza la decisión por varias razones, por razones de orden, por una propuesta de modificación del texto, postergándola hasta que se llegue a un acuerdo sobre las modificaciones, lo que concluye anulando al proyecto en su totalidad.

4.- La OLP se dirige directamente a la Asamblea General de las Naciones Unidas solicitando la obtención de miembro no pleno, lo que no introduce cambios decisivos, si la OLP supera los 2/3, salvo en cuanto a la representatividad palestina de modo que se convierte en un Estado miembro observador.

5.- Aplazamiento de la gestión ante la ONU, si los israelíes presentan un conjunto de propuestas válidas para retomar las negociaciones como lo son el hecho de incluirlas en una parte del discurso de Obama sobre el Estado palestino.

Parece que las posibilidades varían en función de la manera en que piense presentar el pedido la dirigencia palestina Está claro que la OLP tendrá que afrontar el veto estadounidense (segundo escenario). Pero también puede recurrir al cuarto para evitar el enfrentamiento con la administración de Estados Unidos aunque sea para lograr una victoria formal, lo que dejaría abierta la puerta de las Naciones unidas para insistir y reclamar el estatuto de miembro pleno.



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CUT APÓIA O FIM DOS ACORDOS MILITARES E ECONÔMICOS ENTRE BRASIL E ISRAEL


CUT participa das manifestações do 1º de Maio na Palestina ocupada

28/04/2011

João Felício manifesta apoio à luta contra o terrorismo de Estado de Israel

Por Leonardo Severo



O secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores, João Antonio Felício, representará a CUT na luta contra a ocupação militar e o terrorismo de Estado de Israel durante as comemorações do 1º de Maio na Palestina.

Na oportunidade, o professor João Felício estará acompanhado da secretaria-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), Sharon Burrow, que cumprirão extensa agenda, que inclui reunião com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e as centrais sindicais palestina e israelense, além de visitas a ONGs locais. A viagem de solidariedade ao povo palestino foi proposta pelos dois dirigentes e aprovada na última reunião do Conselho da CSI, que também decidiu pela realização de um Seminário Internacional na região, no segundo semestre do ano.

“O povo palestino é um exemplo de coragem, determinação e heroísmo. Nossa visita tem um caráter simbólico de luta contra a opressão desse povo que, apesar de morar há milhares de anos na região, vem tendo o direito à sua Pátria sistematicamente negado”, declarou João Felício. O líder cutista lembra que historicamente as delegações de sindicalistas palestinos estão entre as mais aplaudidas nos congressos da CUT, que sempre reitera o apoio à causa da libertação, contra a ocupação criminosa e desumana praticada pelo Estado de Israel.

João Felício explicou que a CUT defende “medidas concretas que garantam a paz na região”, pois “é inadmissível ficar indiferentes ao brutal desrespeito aos direitos humanos do povo palestino”. A presença na Palestina, acredita, “ajudará a ampliar a pressão internacional para que se garanta a autodeterminação do povo palestino”. Na oportunidade, frisou, vamos reiterar nossa mais enérgica condenação às políticas de ocupação israelense, que ignoram as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), numa agressão às normas do direito internacional e dos próprios direitos humanos.

Infelizmente, lembra o dirigente cutista, neste momento cerca de seis mil palestinos se encontram como presos políticos nas prisões israelenses, enquanto prosseguem em Jerusalém as demolições de casas palestinas e sua substituição por unidades habitacionais para colonos judeus. A construção do muro do “apartheid”, que mantém ilhados centenas de milhares de palestinos em bantustões – semelhantes aos que eram submetidos os negros na África do Sul -  e os constantes bombardeios a Gaza, também são absurdos e abusos criminosos que exigem de todos a solidariedade militante, com ações que possam contribuir de forma relevante para a construção da paz.

Em nota a CUT lamenta o fato do Brasil ser o terceiro maior consumidor de armas de Israel, que através do Plano de Estratégia Nacional de Defesa, do Ministério da Defesa, e dos acordos de armas, contribui indiretamente com as ações de ocupação do território palestino. A Central defende que “é necessário que o governo brasileiro suspenda os atuais acordos e negociações bilaterais econômicas/militares entre o Brasil e Israel. Sendo inadmissível que o Tratado de Livre Comércio entre MERCOSUL e Israel se torne uma realidade”.

sábado, 6 de agosto de 2011

Organização denuncia relações militares entre Brasil e Israel


sexta-feira 8 de abril de 2011

O governo brasileiro assinou contratos no valor de centenas de milhares de dólares com a indústria de armamento de Israel.

BDS - BOICOTE, DESINVESTIMENTO E SANÇÕES PARA ISRAEL


Palestina Ocupada, 30 de Março 2011 – No terceiro dia de Ação Global de Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel que teve lugar no Dia da Terra Palestina (30 de Março), anunciamos a publicação do desconcertante e potencialmente explosivo relatório da ONG Stop the Wall (em português - em inglês) sobre as crescentes relações militares entre o Brasil e Israel.

Apesar do recente reconhecimento do Estado da Palestina pelo Brasil, e da sua longa tradição em apoiar os direitos palestinos e a lei internacional, o Governo Brasileiro assinou contratos no valor de centenas de milhares de dólares com a indústria de armamento de Israel.

O fato que Isarel continue a exercer, há já várias décadas, a brutal e ilegal ocupação de Gaza, recusando os direitos dos refugiados palestinos, aumentando descaradamente as políticas de apartheid, e rejeitando toda e qualquer tentativa internacional de atingir um justo acordo de paz com Palestinos e Árabes, não deteve o Brasil de se tornar um dos mais significativos importadores mundiais de armas israelitas, muitas das quais promovidas como “testes de campo”.

O documento de 30 páginas mostra detalhes dos programas assinados com Israel no valor de quase mil milhões de dólares. Israel, por sua vez, reforçou a sua presença na indústria de armamento brasileira através de aquisições, joint ventures e parcerias estratégicas. 

Os esforços israelitas para obter um amplo estabelecimento no Brasil e, desta forma, penetrar também noutros países progressistas sul americanos não é mera coincidência. O Brasil mantém actualmente uma representação das suas forças armadas em Tel Aviv e recentemente assinou um acordo de cooperação de segurança entre com Israel, que permite a este último fazer negócios a um nível de segurança classificado “elevado”. A indústria militar israelita diz que de momento estão a ser preparados contratos no valor de vários milhares de milhões de dólares para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil. Das sete empresas noticiadas nos jornais que se encontram em competição para obtenção de contratos, seis têm ligações provadas com crimes de guerra israelitas e/ou são suspeitas de estarem envolvidas em actividades de espionagem.

As principais empresas de armamento israelitas activas no Brasil – a Indústria de Aviação Israelita (IAI) e os Sistemas Elbit – para além de estarem directamente envolvidas no fornecimento de armamento ao exército de ocupação israelita, a ser usado para cometer o que o relatório das Nações Unidas “Goldstone” classifica como “crimes de guerra” e possíveis crimes contra a Humanidade, estão também implicadas na construção do Muro na Cisjordânia e na construção de infra-estruturas para colonatos, ambas violações graves do IV Acordo de Genebra e do Parecer Consultivo de 2004 do Tribunal Internacional de Justiça. Por exemplo, espingardas israelitas Tavor produzidas no Brasil são desenvolvidas e testadas durante ataques do exército israelita contra cidades palestinas sob ocupação.



Nota do Blog Sanaúd-Voltaremos: O relatório completo  da ONG Stop the Wall denunciando as relações militares entre Brasil e Israel foi publicado no Blog em 03 de abril de 2011

Além desse relatório, o Blog Sanaud-Voltaremos publicou mais 6 artigos sobre as relações militares entre Brasil e Israel:


02  -  03  -  04  -  05  -  06  - 07 




 


Comentário da Stop the Wall:

“Entrar em negócio com a indústria de armamento israelita põe seriamente em questão o apoio do Brasil aos direitos do povo palestino, pois estes contratos garantem que as guerras, ocupação e colonização israelitas continuem a gerar lucros. Mais: estes laços militares põem em questão o compromisso do governo brasileiro em apoiar os direitos humanos, paz e criação de um Estado Palestino e parecem contradizer as actuais alianças brasileiras e interesses na região. É preocupante que o Brasil entregue o dinheiro dos impostos dos seus cidadãos às empresas de armamento israelitas. O Brasil não pode conciliar a cumplicidade com as graves violações da lei internacional por parte de Israel e as aspirações a potência mundial emergente, defensora do respeito pela Lei Internacional e pelos Direitos Humanos.”

O Comité Nacional Palestino para o Boicote, Desinvestimento e Sanções (BNC) reitera o seu apelo ao governo brasileiro para que este acabe com todos os laços militares com Israel, pedindo:

a não ratificação e cancelamento dos acordos de cooperação de segurança com Israel; 

o encerramento imediato do posto das forças armadas brasileiras em Israel; a alteração dos regulamentos de contratos do exército brasileiro, de forma a que empresas que violam o direito internacional sejam excluídas dos concursos;

que seja assegurado que empresas envolvidas em violações do direito internacional sejam impedidas de se estabelecerem em território brasileiro através de meios indirectos, como aquisições de empresas, joint ventures ou licenças; 

que seja assegurado que empresas que violam o direito internacional sejam excluídas de contratos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, pois não pode ter “fair play” o desporto que recompensa criminosos de guerra.

* Membros do BNC:

Council of National and Islamic Forces in Palestine General Union of Palestinian Workers Palestinian General Federation of Trade Unions Palestinian NGO Network (PNGO) Palestinian National Institute for NGOs Federation of Independent Trade Unions Global Palestine Right of Return Coalition Occupied Palestine and Syrian Golan Heights Initiative General Union of Palestinian Women Union of Palestinian Farmers Grassroots Palestinian Anti-Apartheid Wall Campaign (STW) National Committee for Grassroots Resistance Palestinian Campaign for the Academic and Cultural Boycott of Israel (PACBI) National Committee to Commemorate the Nakba Civic Coalition for the Defense of Palestinian Rights in Jerusalem


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