segunda-feira, 21 de julho de 2008

FEPAL - Embaixador da Palestina visita comunidades


“Os palestinos estão adaptados ao Brasil”


http://www.aplateia.com.br/geral11.php

Segunda-Feira 30 de Junho de 2008



Na quinta-feira e parte de sexta-feira, esteve em Sant'Ana do Livramento Ibrahim Al Zeben, embaixador da Palestina no Brasil. Al Zeben conversou na manhã de sexta-feira com A Platéia enquanto tomava o café em um dos hotéis da cidade:

A Platéia:Qual o objetivo da visita a Sant'Ana do Livramento?

Ibrahim Al Zeben: Estou fazendo um giro em várias cidades do Rio Grande do Sul. Comecei por Porto Alegre, visitei Santa Maria, onde temos uma comunidade palestina e temos também assentados alguns refugiados palestinos recém-chegados aqui no país. Então, é uma visita rotineira de cortesia às autoridades e às comunidades palestinas.

AP: Já conhecia Sant'Ana do Livramento?

Ibrahim Al Zeben: Sim, mas não tão bonita como agora. Eu estive aqui em 1995 e não era tão bonita e próspera. Quero cumprimentá-los por esses progressos.

AP: O número de palestinos em relação àquela época aumentou?

Ibrahim Al Zeben: Acho que não. Antes havia mais palestinos.

AP: Nota-se que dos povos estrangeiros, os palestinos são uns do que mais cultivam hábitos da terra natal. A que se deve esse fato?

Ibrahim Al Zeben: Qualquer estrangeiro no exterior vai ter saudades de casa, de suas raízes. É normal e sadio um refugiado ou estrangeiro conservar as suas raízes culturais. É sadio, natural e humano. E os palestinos aqui conservam grande parte da sua tradição, seja cultural, religiosa ou culinária. Mas eles também se entregam por inteiro ao país que moram. Neste caso, os palestinos no Brasil são muito bem adaptados, muito bem integrados, são brasileiros, em primeiro lugar e com origem e raiz palestina.

AP: E como percebe a relação dos palestinos com o povo brasileiro?

Ibrahim Al Zeben: Excelente. Já me considero veterano nessa matéria, pois desde 1975 estou relacionado com a América Latina e nesse tempo estive servindo em muitos países latino-americanos nesses 33 anos. Venho observando que o palestino é muito adaptado e muito integrado as sociedades latino-americanas e também muito ativo não só no comércio, mas no ramo cultural e na política. Isso é um sinal positivo de integração.

AP: Se Palestina e Israel chegassem a um acordo definitivo de paz, os palestinos poderiam voltar, em parte, à terra natal?

Ibrahim Al Zeben: É um direito o retorno, só que os palestinos se sentem muito bem aqui e adotaram o Brasil como um país seu também. Mas, uma vez que a paz seja uma realidade, o Estado palestino tem que outorgar este direito, indiscutível, a qualquer um que queira voltar à Palestina. Eu duvido que tenha um retorno maciço, embora seja um direito. É uma felicidade ter duas pátrias onde pode amar e sentir-se bem e integrado.

AP: E o processo que envolve a paz está próximo de chegar?

Ibrahim Al Zeben: A paz é a nossa esperança de que seja uma realidade. Temos esperança de que seja até o fim do ano. Ainda, a realidade indica que o processo é um pouco lento, porque Israel não dá sinais de que vai cumprir com o seu dever. Israel impede a criação do Estado palestino e a conclusão desse processo de paz, que, obviamente, nós estamos lutando de maneira ferrenha com toda a nossa energia para alcançá-lo.

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سفير فلسطين في البرازيل يتفقد ابناء الجالية وتجمعات اللاجئين في عدة مدن برازيلية

Comunidade palestina no Brasil e embaixador da Palestina

برازيليا 25-07-2008وفا- قام سفير فلسطين في البرازيل إبراهيم الزبن بجولة ميدانية للاطلاع على تجمعات اللاجئين في البرازيل وكبرى تجمعات الجالية الفلسطينية في البلاد شملت ثماني مدنورافق الزبن في جولته رئيس اتحاد المؤسسات البرازيلية الفلسطينية عليان علاء الدين ورئيس الجمعية الفلسطينية في اوروغوايانا رياض بركات، حيث كان في استقبال الوفد رؤساء البلديات والمجالس التشريعية في اروروغوايانا وبارا دي كوارايي وكوارايي.

وأطلع الوفد المسؤولين المحليين البرازيليين على آخر التطورات الفلسطينية، وناقشوا الدور الايجابي الذي تلعبه الجاليات الفلسطينية في تطوير الاقتصاد البرازيلي.

واطلع السفير الزبن على أوضاع اللاجئين الفلسطينيين الذين تستضيفهم البرازيل في عدة مدن.

وذكرت السفارة الفلسطينية في برازيليا في بيان لها، أن أكثر من خمسين عائلة فلسطينية كانت قد قدمت للبرازيل منذ تسعة أشهر من مخيم الرويشد على الحدود العراقية، تحت أشراف المفوضية العليا لشؤون اللاجئين.
واطلع السفير والوفد المرافق له على معاناة اللاجئين، الذين يمرون بمرحلة تأقلم صعبة بحكم طبيعة البلد وثقافته ولغته ومناخه المختلف كليا عن الأجواء الشرقية.

ويقوم اتحاد المؤسسات الفلسطينية البرازيلية بالتنسيق مع المفوضية العليا لشؤون اللاجئين من أجل رفع مستوى الخدمات للاجئين وتيسير تأقلمهم، من خلال توفير مترجمين ومرافقين ودروس في اللغة البرتغالية

وكان السفير الزبن قد شارك في بداية جولته في ملتقى للمؤسسات الفلسطينية في بورتو اليغرى، حيث رعى تأسيس لجنة حق العودة التي تضم رؤساء جمعيات فلسطينية ولاجئين جدد وشخصيات اعتبارية برازيلية

Tradução:

O embaixador da Palestina no Brasil, Sr. Ibrahim Al Zeben, realizou visitas à oito cidades para acompanhamento das famílias de refugiados palestinos e as das maiores comunidades palestinas no Brasil.
Acompanharam o Embaixador o Presidente da FEPAL- Federação Árabe Palestina do Brasil, Sr. Alayan Aladdin, o Presidente da Sociedade Palestina de Yruguiana, Sr. Read Barakat. Eles foram recebidos pelos prefeitos e vereadores de Uruguaiana, Barra do Quarai e Quarai.

Nas reuniões com as autoridades municipais e a delegação palestino-brasileira, foram apresentados relatos sobre as últimos acontecimentos no cenário palestino e o importante papel da comunidade palestina no desenvolvimento econômico e social.

O Embaixador Al Zebn falou sobre a situação dos refugiados palestinos recebidos pelo Brasil que encontram-se em várias cidades.

Num comunicado da Embaixada, relata que mais de 50 familias palestinas vieram ao Brasil provenientes do acampamento Ruweished, situado na fronteira iraquiana, sob os auspícios do ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

O embaixador e as lideranças da comunidade palestina realtaram as dificuldades e sofrimentos que passam os refugiados nessa etapa difícil de adaptação à cultura, ao idioma e às variadas diferenças de usos e costumes entre o ocidente e o oriente.

A FEPAL desenvolve uma coordenação com a ACNUR com o objetivo de elevar a ajuda assistencial para os refugiados e facilitar o processo de adaptação dos mesmos, através de tradutores, assistentes e o aprendizado do idioma português.

O Embaixador Al Zeben, antes do inicio de sua visita às cidades, participou de um encontro com as comunidades e entidades palestinas, ocorrido em Porto Alegre, onde apoiou a fundação de um Comitê de Apoio ao Retorno, composto por representações dos refugiados, Presidentes das Sociedades Palestinas e autoridades e personalidades brasileiras.
Traduzido por Emir Mourad
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Prefeito de Uruguaiana, Embaixador da Palestina e comunidade


Câmara Municipal de Uruguaiana
Embaixador da Palestina visita Câmara Municipal de Uruguaiana
25/06/2008
O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben, visitou a direção da Câmara Municipal de Uruguaiana no final da tarde de terça-feira passada. Acompanhado do presidente da Federação Árabe-Palestina do Brasil, Elayyan Taher Aladdin, o embaixador está realizando um roteiro de visitas às comunidades árabes-palestinas do Rio Grande do Sul. Na Fronteira Oeste do Estado, o embaixador manterá encontros com as comunidades árabes nas cidades de Uruguaiana, Santana do Livramento e Barra do Quaraí. Na Câmara Municipal de Uruguaiana, Al Zeben foi recebido pelo diretor geral do parlamento municipal Omar Tomalih. O embaixador destacou que a Autoridade Nacional Palestina deverá convocar eleições legislativas e presidenciais para o próximo ano. “O povo é a fonte de todos os poderes e temos esperança de que as eleições ocorram da forma mais pacífica possível. A paz deve ser uma opção estratégica e verdadeira de todo o nosso povo”, declarou. Esta é a segunda visita do embaixador Al Zeben ao município. A primeira ocorreu na década de 90.

URL: http://www.camarauruguaiana.rs.gov.br/?p=759

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Quaraí e a comunidade palestina


Embaixador da Palestina no Brasil visita Quaraí

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Embaixador da Palestina visita Barra do Quaraí



Reunião da FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil



Reunião da Federação Árabe Palestina do Brasil

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“Os palestinos são muito integrados a população santanense”
http://www.aplateia.com.br/geral12.php
Segunda-Feira 30 de Junho de 2008



Comunidade palestina de Santana do Livramento - Monir Bruno

O médico urologista Monir Bruno Suleiman é o presidente da Sociedade Árabe-Palestina na cidade. Na tarde de sexta-feira, A Platéia foi entrevistá-lo para saber como funciona a sociedade e sobre como é a vida dos palestinos em solo brasileiro. Confira os principais trechos a seguir.

A Platéia: Como funciona a sociedade árabe-palestina em Sant'Ana do Livramento

Monir Bruno Suleiman: A sociedade palestina, a qual temos uma sede no Jardim Europa, congrega e faz com que todos os palestinos de origem árabe se reúnam para conversar, para jogar e para as crianças confraternizarem. É como qualquer clube social de outras nacionalidades, de italianos, portugueses, libaneses e assim por diante. Então, é a mesma coisa. É uma sociedade recreativa, um lugar para congregar. Se conversa sobre política, sobre os problemas da Palestina, mas é mais um lugar para conversarmos e nos reunirmos.

AP: A união entre a comunidade palestina é forte mesmo?

Monir Bruno Suleiman: A comunidade árabe-palestina aqui em Livramento é realmente unida por vários fatores. Um deles é a religião, já que de 90 a 95% dos palestinos do município são muçulmanos, então, a mesquita congrega a comunidade. O outro fator que cria essa união é o problema específico da Palestina, por serem, a grande maioria, pessoas que vieram contra a sua vontade no início, lá nas décadas de 40 e 50. Então para manter o laço e a união a gente procura sempre fazer essa reunião e manter essa harmonia na comunidade. Isso é muito importante, a pessoa se sente bem quando está com alguém que tem o mesmo pensamento. Não que se exclua alguém. A comunidade palestina, aqui em Livramento, é muito integrada à população santanense, tem vários profissionais liberais e a principal fonte de renda é o comércio, que a integra com a comunidade local. A gente faz o papel social, de cidadão brasileiro, mas é sempre importante manter as raízes. A gente não pode esquecer que nossos filhos têm que saber de onde eles vieram, a origem de seus avós. Procuramos manter esse elo com a pátria mãe que é a Palestina, pelos costumes, religião, cultura, música e a dança. Então é importante isso.

AP: Pode se dizer que vocês são metade brasileiros, metade palestinos?

Monir Bruno Suleiman: Com certeza. Esse é o maior objetivo da sociedade, manter os laços para que não se perca a identidade com o povo palestino, que sofre pelas guerras, opressão e ocupação israelense. O que faz com que o povo palestino seja muito sofrido, castigado. Então, procuramos manter essa história ligada, manter no coração das crianças, ensinando a língua, a cultura e os costumes para que não se percam.

AP: Essa integração com os brasileiros foi tranqüila então?

Monir Bruno Suleiman: O povo brasileiro sempre acolheu muito bem todas as outras raças e nacionalidades que, aqui, se instalaram e com os palestinos não foi diferente. O palestino tem a sua forma de ser diferente, assim como a língua, no início até com um pouco de dificuldade, mas depois foi se integrando na comunidade. A geração passada da minha era 90% comerciante, pequenas lojas, pequenos comércios. Hoje em dia, a segunda ou terceira geração, tem vários profissionais liberais, como médicos, advogados, engenheiros, e assim vai integrando cada vez mais o descendente de palestino com a comunidade, com os brasileiros. Isso vai se dando de forma muito tranqüila e muito pacífica. É uma integração normal como qualquer outra. O Brasil tem essa característica de acolher todo mundo da mesma maneira e isso facilitou para os palestinos que para cá vieram, que aqui ficassem.




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